Uma camélia-japoneira dos jardins centenários de “Vila Margaridi”, em Guimarães, Braga, venceu a sétima edição nacional do concurso Árvore do Ano e irá representar Portugal no certame internacional, com as votações a decorrerem em fevereiro.
Segundo os organizadores do concurso, uma iniciativa da União da Floresta Mediterrânica (UNAC), a camélia obteve 3.900 votos, ficando em segundo lugar o chamado “sobreiro do rei”, em Mafra, Lisboa, com 3.075 votos.
Camélia-japoneira, vencedora da edição deste ano do concurso Árvore do Ano
[Fotografia: Laboratório da Paisagem, Rita Salgado]
Recorde-se que, nesta corrida, este também o Sobreiro da Quebrada, em Arcos de Valdevez. Mas não foi além do 6º lugar, com 2.296 votos.
A UNAC salienta em comunicado que pela segunda vez consecutiva é uma espécie exótica (um eucalipto no ano anterior) a vencer o concurso da árvore do ano.
A vencedora é uma representante da história portuguesa e das relações comerciais entre Portugal e o Japão, diz a organização, lembrando que a introdução da espécie em Portugal ocorreu através dos marinheiros das naus dos descobrimentos que traziam e levavam sementes de diferentes espécies entre os vários portos do Mundo.
O concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011.
É uma iniciativa que todos os anos “consciencializa mais 200 mil pessoas com a natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural”.
Na edição passada venceu a Polónia pelo 2.º ano consecutivo e novamente com um carvalho.
Portugal já ficou em primeiro lugar com um sobreiro, em 2018. Na última edição ficou no quinto lugar, com um eucalipto.
A UNAC representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.
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