O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, esclareceu hoje, em Barcelos, que o sistema de interoperabilidade do pagamento de portagens em Portugal e Espanha só deverá estar acessível ao público “depois do verão”.
Segundo Xoan Mao, numa primeira fase, que deverá demorar dois a três meses, o sistema será testado internamente pela Via Verde e pela sua homóloga espanhola, Via T.
Falando no final da reunião da Comissão Executiva do Eixo Atlântico, o mesmo responsável admitiu que o sistema só poderá ser utilizado pelo público em geral “depois do verão”.
“Este é o primeiro plano de interoperabilidade que se faz em toda a Europa e, portanto, não é fácil”, acrescentou.
Segundo a declaração final da XXV Cimeira Luso-Espanhola, que se realizou em maio, no Porto, o Norte de Portugal e a região espanhola da Galiza terão, a partir de julho, um projeto-piloto para facilitar a “interoperabilidade da coleção eletrónica de portagens”.
A declaração acrescenta que esse programa será alargado ao resto do território no terceiro trimestre de 2013.
“O que entra em vigor em julho é a experiência interna. Não acreditamos que a sua disponibilização ao público em geral ocorra antes de dois ou três meses”, sublinhou o secretário-geral do Eixo.
Xoan Mao disse ainda que na Galiza não há qualquer conhecimento oficial da solução anunciada pela Estradas de Portugal (EP) segundo a qual os condutores de veículos de matrícula estrangeira vão poder pagar portagens através do recurso ao cartão de crédito.
Em maio, a EP anunciou que tinha assinado um memorando de cooperação com a Unicre – Instituição Financeira de Crédito, tendo em vista o desenvolvimento e aplicação de um novo sistema de pagamento de portagens eletrónicas para veículos de matrícula estrangeira.
O sistema, anunciado para entrar em vigor até meados de julho, associa a matrícula do veículo ao cartão bancário, sendo as passagens nas portagens debitadas na conta associada ao cartão.
Os condutores ficam com um talão comprovativo, que funcionará com um “passe-portagens”.
“O que sabemos é pela imprensa portuguesa. Nem o Eixo Atlântico nem a Junta da Galiza têm qualquer confirmação oficial [por parte do Governo português]”, referiu Xoan Mao.
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